quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Obstou por um momento
Não obstante
Obstou pelo resto da dúvida

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Um poeminha doce,
pingou-lhe da face
era água salgada
sem tons ou segredos
beleza molhada que acorda
bem cedo
ao som de gurus fazedores de amor,
vem bem rente arrasa-me o medo
divide sua lágrima
e inspira-me em cor.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Era pouca e tudo a era.

Desfrutou tão sua de paixão tão bela que agora nem a lua, nada mais parecia dela.

Se dizia um pouco só, e não abraçava quem não o fosse
em casulo infinito calava,

jurou nunca mais viver de amores

É que o tempo, o alívio comum, pulsava mais como ardor fervente
fisgada pinçante de aço rasgante
corante urucum que açoitava-lhe a mente

O abrir e fechar de cortes, o sal que arrasava-lhe os dias, tudo soava baixo,
ao lento vagar da vida vadia.

E agora, sem beijos nos olhos
sem beijos nem olhos
sem leito nem leite, desfrute ou rancor
pesar ou enfeite,

apegara-se ao sido longe.

Ao limbo macio da inércia em seu peito
A duros verbetes de um par sem futuro

E já sem receio de nada dar jeito,
de pouco sobrar, e do abismo ter fundo

Não caiu, não se jogou, nem arregou perante tudo
simplesmente acordou com sede
do repouso plácido de sonhos imundos.